quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
domingo, 17 de janeiro de 2010
A taça do rei de Tule
foto
E atirou a taça ao mar, do varandim rendilhado, por que ninguém mais, bebendo por ela, viesse a conhecer os segredos daquele amor de balada, feito de suspiros e raios de lua, perfumes de laranjeira e baques de coração espezinhado.
A taça oscilou ligeiramente nas águas, fez umas reviravoltas antes de seguir mar em fora, como uma gôndola deserta que procura o gondoleiro.
E o rei considerava em voz triste:"Quem mesmo velho poderá guardar-te dia e noite, taça de amor por onde os meus lábios beberam os vinhos generosos, por essas noites perladas dos ecos das serenadas, dos perfumes festivais das rosas e da embriaguez dos profundos amores?...Abandonaram-me os meus cavaleiros e não me queixo, fugiram-me os cortesãos e estou tranquilo: só a ideia de te deixar me atormenta, pois tu guardas inteira e palpitante a história do meu coração."
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Vendo sonhos
Texto escrito e publicado no dia 31/12/2006, neste blogue. Retirei-o mas hoje decidi voltar a publicá-lo. Voltas.
Está decidido, vendo a casa. Deixo o céu nocturno entregue à via láctea, deixo as estrelas brilhantes e o trajecto do quarto crescente, deixo o espelho do mar; deixo o frio de Janeiro, a caça à raposa e o cheiro da lenha na chaminé; deixo o cheiro da terra molhada pela chuva, deixo o vento; deixo a primavera e as flores do campo, deixo o calor de Agosto e a sombra poderosa da alfarrobeira, deixo a rega e os cansaços.
Vendo o sonho realizado na palmeira que dança, na buganvília solitária, na dama da noite, nos cutelos generosos, no limoeiro sem rapaz nem rapariga como no poema malgache.
Vendo a casa para que a promessa se cumpra. Hoje, o Sonho projecta-se noutras paisagens.
Está decidido, vendo a casa. Deixo o céu nocturno entregue à via láctea, deixo as estrelas brilhantes e o trajecto do quarto crescente, deixo o espelho do mar; deixo o frio de Janeiro, a caça à raposa e o cheiro da lenha na chaminé; deixo o cheiro da terra molhada pela chuva, deixo o vento; deixo a primavera e as flores do campo, deixo o calor de Agosto e a sombra poderosa da alfarrobeira, deixo a rega e os cansaços.
Vendo o sonho realizado na palmeira que dança, na buganvília solitária, na dama da noite, nos cutelos generosos, no limoeiro sem rapaz nem rapariga como no poema malgache.
Vendo a casa para que a promessa se cumpra. Hoje, o Sonho projecta-se noutras paisagens.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Certo
De mais ninguém, senão de ti, preciso:
Do teu sereno olhar, do teu sorriso,
Da tua mão pousada no meu ombro.
Ouvir-te murmurar: “Espera e confia!”
E sentir converter-se em harmonia,
O que era, dantes, confusão e assombro.
"Amizade"-Carlos Queirós
Curioso: A amizade de Carlos Queirós com Fernando Pessoa levou a que este último tivesse uma relação amorosa com sua tia, Ofélia Queirós.
Do teu sereno olhar, do teu sorriso,
Da tua mão pousada no meu ombro.
Ouvir-te murmurar: “Espera e confia!”
E sentir converter-se em harmonia,
O que era, dantes, confusão e assombro.
"Amizade"-Carlos Queirós
Curioso: A amizade de Carlos Queirós com Fernando Pessoa levou a que este último tivesse uma relação amorosa com sua tia, Ofélia Queirós.
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