quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Tapis de soie



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domingo, 17 de janeiro de 2010

A taça do rei de Tule



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E atirou a taça ao mar, do varandim rendilhado, por que ninguém mais, bebendo por ela, viesse a conhecer os segredos daquele amor de balada, feito de suspiros e raios de lua, perfumes de laranjeira e baques de coração espezinhado.

A taça oscilou ligeiramente nas águas, fez umas reviravoltas antes de seguir mar em fora, como uma gôndola deserta que procura o gondoleiro.

E o rei considerava em voz triste:"Quem mesmo velho poderá guardar-te dia e noite, taça de amor por onde os meus lábios beberam os vinhos generosos, por essas noites perladas dos ecos das serenadas, dos perfumes festivais das rosas e da embriaguez dos profundos amores?...Abandonaram-me os meus cavaleiros e não me queixo, fugiram-me os cortesãos e estou tranquilo: só a ideia de te deixar me atormenta, pois tu guardas inteira e palpitante a história do meu coração."