terça-feira, 1 de janeiro de 2008

2008

Libera me

Livrai-me, Senhor,
De tudo o que for
Vazio de amor.

Que nunca me espere
Quem bem me não quer
(Homem ou mulher).

Livrai-me também
De quem me detém
E graça não tem.

E mais de quem não
Possui nem um grão
De imaginação.

Carlos Queiroz, in Antologia pessoal de poesia portuguesa, Eugénio de Andrade, ed. Campo das Letras.

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