Texto escrito e publicado no dia 31/12/2006, neste blogue. Retirei-o mas hoje decidi voltar a publicá-lo. Voltas.
Está decidido, vendo a casa. Deixo o céu nocturno entregue à via láctea, deixo as estrelas brilhantes e o trajecto do quarto crescente, deixo o espelho do mar; deixo o frio de Janeiro, a caça à raposa e o cheiro da lenha na chaminé; deixo o cheiro da terra molhada pela chuva, deixo o vento; deixo a primavera e as flores do campo, deixo o calor de Agosto e a sombra poderosa da alfarrobeira, deixo a rega e os cansaços.
Vendo o sonho realizado na palmeira que dança, na buganvília solitária, na dama da noite, nos cutelos generosos, no limoeiro sem rapaz nem rapariga como no poema malgache.
Vendo a casa para que a promessa se cumpra. Hoje, o Sonho projecta-se noutras paisagens.
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